
Com a chegada de estrangeiros, turismo sexual já ocorre às claras no calçadão da Av. Beira-Mar
O desembarque de torcedores de Uruguai e Costa Rica para o primeiro jogo da Copa do Mundo em Fortaleza aqueceu o turismo sexual na orla, na noite desta quinta-feira. “Tem plata? Tem plata?” É a senha no calçadão da Avenida Beira-Mar. Se o gringo diz que sim, lá se vão eles.
Com a chegada dos torcedores de Uruguai e Costa Rica para o primeiro jogo da Copa do Mundo em Fortaleza, o turismo sexual fez a festa.
Tudo ocorre às claras nas praias da orla, como presenciou o Tribuna do Ceará.O desembarque quase simultâneo das duas seleções, na noite desta quinta-feira (12), levou grande quantidade de torcedores estrangeiros aos dois hotéis que servem de concentração, nas praias de Iracema e do Meireles.
Atraídas pela oportunidade, muitas prostitutas foram à Beira-Mar oferecer o corpo. “Não imaginava que teria tanto homem de fora”, festeja Daniela, em conversa com a reportagem. Pelo programa, ela cobra de R$ 200 a R$ 400. “Depende do cliente”, indica. A concorrência aumentou, com a chegada de novatas. “Já faço ponto aqui há quatro anos, e não conheço umas ‘novinhas’ que apareceram”.
R$ 1.000 por dia
Apesar disso, ainda é pouco para tanta demanda. “Nas torcidas tem pouca mulher, então são uns cinco homens pra cada puta”, calcula a amiga, sem dizer o nome. Com isso, a meta de faturamento é otimista. “Eu quero tirar R$ 1.000 por dia nessa Copa, e quem sabe arrumar um marido que me leve embora”, faz figa.
Quase em frente ao hotel da seleção da Costa Rica, um carro com um paredão de som servia de trio elétrico próprio para uma barraca do calçadão. Animados, estrangeiros se esfregavam em mulheres brasileiras, sem se importar com quem assistia. E quem não tinha parceiro de dança rebolava para atrair algum.
“Nas torcidas tem pouca mulher, então são uns cinco homens pra cada puta”.
A cena impressionou os torcedores que não são acostumados a um turismo sexual tão sem cerimônias. “Na Costa Rica não é assim”, compara o advogado Alonso Miranda, de 25 anos. “Mas o que me chamou a atenção mesmo é que elas não são bonitas”. Isso não fez diferença para o costarriquenho do início do texto, que confirmou que possuía “plata”. Menos de uma hora depois, voltou ele com o cabelo molhado.
* Texto publicado no site Tribuna do Ceará