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Turismo sexual no Rio de Janeiro durante a Copa Do Mundo 2014

O Rio de Janeiro é um lugar de cenários exuberantes motivo pelo qual a cidade é conhecida como maravilhosa e atrai milhares de turistas todos os anos. Agora, com os eventos mundiais, principalmente a Copa do Mundo outro tipo de turismo aparece na cidade, o turismo sexual, o que é uma preocupação para as autoridades e cariocas.

 

O Observatório de Prostituição, em parceria com a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), a Ong Davida- Prostituição, Direitos Civis e Saúde, o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro e ainda com a Rede Brasileira de Prostitutas realizou uma pesquisa etnográfica nos principais pontos de prostituição do Rio de Janeiro, Copacabana, Ipanema, Centro, Lapa e Vila Mimosa e de outros estados brasileiros com intuito de monitorar os impactos da Copa do Mundo nas áreas de prostituição das cidades-sede onde há um aumento no número de estrangeiros, essa pesquisa mostrou que  não houve um aumento excessivo na prostituição, com as ações policiais e de organizações governamentais e não-governamentais que vêm atuando nessas áreas para reprimir o trabalho sexual .

 

Mas, mesmo com a fiscalização, sobretudo em Copacabana durante a Copa a prostituição estava presente em diversos pontos, como na praça do lido entre outros. A prostituta Susi, 22, nos conta da rotina e dos preços durante o Mundial:

“Durante a JMJ não aumentou nada , claro, era um evento religioso. Porém, na Copa do Mundo consegui aumentar meus ganhos. Um brasileiro paga pelos serviços R$150,00 reclamando muito, chorando…e olha que eu faço tudo exceto anal. Já um gringo paga 400 dólares e não reclama de nada. Só os latinos que acham que mais de 100 é um absurdo nos agarram, apertam, dançam e depois caem fora. Por isso preferimos os europeus, esses pagam bem e ainda tem a velha história que se conseguimos fisgar o homem e ele se apaixonar ele pode nos levar para o outro lado do mundo e assim saímos dessa vida, então caprichamos nos carinhos e fidelizamos os clientes até o fim da Copa e quem sabe para toda a vida.”

 

E o que falam os turistas?

Os estrangeiros que estão no Rio de Janeiro na maioria das vezes já vêm com o olhar de sexo fácil na cidade maravilhosa, o que é uma preocupação para as autoridades. Como diz o argentino Pablo Yago, 34, empresário:

 

“No meu país e no mundo o Brasil é visto como um lugar exótico onde tudo é permitido e de fácil acesso. Andei por alguns trechos do Rio e não é difícil ver em telefones públicos números dessas pessoas, e em Copacabana ainda é mais fácil porque elas estão no meio do povo.”

 

O Italiano Lorenzo Pietro, 41, administrador, nos conta sobre as facilidades de encontrar os serviços e porque não utilizou os mesmos:

 

“No Rio como em qualquer outra grande cidade não é difícil se conseguir esses serviços secretos dos homens, em toda parte vi telefones, mulheres se oferecendo, de todas as idades. Particularmente eu não gosto de utilizar esse serviço, porque no meu país tenho alguém que espera por mim e creio que não seja necessário pagar por uma coisa que com amor se tem de graça e é muito mais gostoso.”

 

Notícia publicada em OESTADORJ

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